Num desses dias que já se perdeu nos meandros da monotonia de um calendário que não para de nos ludibriar, lembro-me perfeitamente que prometi a mim mesmo, pegar num qualquer caderno gasto do uso abusivo e muito riscado, e enchê-lo. Enchê-lo de sonhos repletos de uma imaginação fértil e nem sempre sensata, sonhos que um dia foram edificados à custa de pessoas, locais, momentos… e que agora salvando o espaço temporal que me separa desses mesmos registos, facilmente constato não fazerem senão o mínimo sentido aparente.
Presumo que em alguma altura longínqua, e de acordo com a conjectura de então, provavelmente liderava forçosamente os meus passos segundo esses mesmos devaneios, eram encarados à data, como algo que idealizava. Verdadeiras utopias, que agora e com a devida distância, não deixam mais que uma réstia de embaraçosas lembranças.
Os sonhos na maioria das vezes, acabam por se extinguir neles mesmos, e isso acaba por não ser necessariamente mau, sonhar, é querer ir mais além, romper barreiras invisíveis, que ainda não exequíveis, nos sustentam para lá de uma realidade nem sempre verdadeiramente afortunada.
Uma vivência repetida num quadro menos animador, faz-nos virar para aquilo que de mais puro e livre possuímos, os nossos sonhos. Neles ninguém nos ordena o que quer que seja, as imposições são nulas. Ora são simples e despretensiosos ou utópicos e irrealizáveis, mas que sejam, enquanto dura tal quimera somos mantidos num estado de graciosidade que ameaça roçar a perfeição.
Sonhos perdidos, largados… Que ainda assim tiveram a sua importância no devido momento, ainda que actualmente e com uma leviandade excessiva, facilmente lhe atribuímos o rótulo de insignificantes e dispensáveis, e que o sejam! Mas foram tudo, ousados pensamentos, numa época onde pouco mais me fazia levitar com tamanha crença.
Presumo que em alguma altura longínqua, e de acordo com a conjectura de então, provavelmente liderava forçosamente os meus passos segundo esses mesmos devaneios, eram encarados à data, como algo que idealizava. Verdadeiras utopias, que agora e com a devida distância, não deixam mais que uma réstia de embaraçosas lembranças.
Os sonhos na maioria das vezes, acabam por se extinguir neles mesmos, e isso acaba por não ser necessariamente mau, sonhar, é querer ir mais além, romper barreiras invisíveis, que ainda não exequíveis, nos sustentam para lá de uma realidade nem sempre verdadeiramente afortunada.
Uma vivência repetida num quadro menos animador, faz-nos virar para aquilo que de mais puro e livre possuímos, os nossos sonhos. Neles ninguém nos ordena o que quer que seja, as imposições são nulas. Ora são simples e despretensiosos ou utópicos e irrealizáveis, mas que sejam, enquanto dura tal quimera somos mantidos num estado de graciosidade que ameaça roçar a perfeição.
Sonhos perdidos, largados… Que ainda assim tiveram a sua importância no devido momento, ainda que actualmente e com uma leviandade excessiva, facilmente lhe atribuímos o rótulo de insignificantes e dispensáveis, e que o sejam! Mas foram tudo, ousados pensamentos, numa época onde pouco mais me fazia levitar com tamanha crença.
13 comentários:
Adorei!!!!! **
Sem palavras***
Todos os dias os nossos sonhos se renovam. Hoje queremos isto, amanha ja queremos aquilo.
Os mais importantes são aqueles que perduram no tempo e que não precisam de ser escritos. Nós lembramo-nos.
Acredito que o sonhos comandam as nossas vidas, até o dia em que percebemos que esses sonhos se calhar já não fazem qualquer sentido agora, mas que foram a almofada para muitas noites mal dormidas. Mas tudo passa, caro amigo. Tudo passa.
Beijinho e parabéns pelo texto ! :)
De nada. Obrigado pela atenção, desde já :)
Venho sempre que puder cuscar este cantinho, prometo :)
Muito sentimento..
gostei...
escreves muito bem..tens uma escrita bastante "sentida"!
gostei do blog vou voltar mais vezes.
Para quando o livro?! ;)
"Sonhos perdidos, largados… Que ainda assim tiveram a sua importância no devido momento, ainda que actualmente e com uma leviandade excessiva, facilmente lhe atribuímos o rótulo de insignificantes e dispensáveis, e que o sejam! Mas foram tudo, ousados pensamentos, numa época onde pouco mais me fazia levitar com tamanha crença."
Adorei este parágrafo :) Todos nós já sonhámos com coisas disparatadas, é verdade, mas todos esses sonhos foram importantes na altura em que existiram, e demonstram que desde sempre tivemos essa capacidade de sonhar e de ir mais além ^^ Eu adoro sonhar, pois todos esses sonhos são o primeiro passo para uma nova mudança, para algo diferente, ou então, para simplesmente nos fazer levitar naquele preciso momento com algo simples e muito desejado por nós.
Podia estar aqui uma eternidade a falar sobre sonhar, mas tenho que ir estudar bioquímica... opaaaaah! :( (LOOL)
Obrigado pelo teu comentário ^^ Eu tb gosto muito daquela música :) É engraçado dizeres que o "leãozinho" é muito sortudo, gostava é q ele me dissesse o mesmo xD
Continua a escrever e a comentar :D
Beijinhooos ^^
Se vieres num cavalo branco, se calhar...preciso JÁ!!!:P *
[sim sou fã do ténis, à muito mas só agora é que ando mais nestas andanças ;) eu também gosto da michelle, não falei dela porque não calhou!]
Pois, bonito, gostei. Não anoto os sonhos a menos que se tornem intenções de vida. Os outros dão-me o imenso prazer de sonhar, como bom sonho que se preze.
Bem...vens pela autoestrada até ao Porto!! Quando vires muitos manjericos e muita gente...estou ai!! O melhor é saires já de casa...:P
lindo (: *
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