Indeterminadamente, na penumbra da escuridão, soltamos debilmente gritos mudos, que em surdina ecoam nas paredes solitárias dos confins da nossa alma. Desenlaçamos em vão o nó teimoso em volta da garganta aflitiva. Ferra, faz mossa, leva-nos aos poucos um pedaço de ânimo já de si empoeirado.
Anseias pela luz, que a vislumbras lá longe no desfecho do horizonte. Caminhas vergado, tal e qual um ser minúsculo, com as mãos despidas de armas. Absorver-me de forma quase fantasmagórica, esperneio, contorço-me, uma e outra vez.
Chego a pedir ao céu a tua mão, coragem e determinação. Falo-te apressadamente no silêncio, que é a nossa ausência recíproca. Chegas por fim e afugentas a palete de dor composta por cores menos alegres. Num fogacho concertas e pintas um rasgo de esperança.
9 comentários:
:) os rasgos de esperança, principalmente os coloridos, são sempre a melhor arma contra a falta de luz, a dor que nos faz andar vergados...
Beijos
Olá, André!
O meu espaço já está com saudades tuas!
Espero que estejas bem... Vejo que as super-produções continuam em grande...
E com isto eu retiro de mim um pouco do soluço que teimava em me embargar. Há sempre esse pintar de esperança. Mais valioso que uma simples luz.
Como adoro passar por aqui e ler o que preciso :)
Parabéns como sempre :D
Muito sentido, gostei bastante (:
Passa no meu novo Blog e deixa a tua marca :'D
Beijinho *
estava a ouvir a música 'yer blues' dos beatles quando encontrei o teu blog, e ao ler este texto tudo encaixava na batida... deveras impressionante
Como sempre...Perfeito!
Lufada de ar puro,palavras carregadas de significado,excelente texto:)
quem dera ter o dom dessa pintura de esperança, quem quera!
adorei, parabéns!
beijo*
Adorei o Blog, a maneira de escrever, as imagens...tudo:) parabéns!
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