O encerrar do verão surge como uma circunstância meramente consumada. Chega a ser deprimente o malfadado regresso a casa em associação à monotonia de um dia-a-dia tremendamente sisudo. O desgastado ritual de desfazer as malas e bagagens, que foram arrumadas na ida em andamento apressado. Repousam agora alheadas e encostadas a um mero canto abandonado, transportam a nostalgia de memórias, que estacionarão enclausuradas, até pelo menos ao próximo ano.
No ar ainda ressalvam os últimos murmúrios de gargalhadas, trocadas à luz de mais uma noite quente nos píncaros de Agosto. Onde os ponteiros simplesmente deixaram de ostentar o menor sentido face à inconsequência dos próprios. Onde o tempo estanca, imortalizado como se na realidade fosse parte integrante, numa pintura de quadro a óleo, esboçada a preceito por um qualquer pintor famoso post mortem.
A cidade que por momentos folgava vagarosa e sonolenta, movendo-se a meio gás. É abananada no seu lento despertar. Enche-se novamente de ruído, movimento e poluição. Os semblantes que se cruzam no metro, retomam ao ritmo frenético rotineiro. Esbatem e encurtam o sorriso típico de quem momentaneamente não apresenta preocupação alguma, proporcional ao seu contentamento ilusório.
As histórias que se sucederam a um alucinante ritmo, como notícias sensacionalistas veiculadas por um jornal em trágica queda, arrumam-se agora na gaveta das recordações. Prontas a serem partilhadas, quiçá à lareira numa roda de amigos plena de amizades fortificadas.
Muitos foram realmente verdadeiramente afortunados. Outros ocuparam a outra metade inglória da balança. Os tais que sofreram rudes golpes que certamente mancharam o verão que agora definha a passos largos para a sua extinção.
Sentado no cimo do meu alter-ego, flutuo no meu terraço terreno, onde cedo concluo que o meu verão, não foi marcadamente estonteante. A aventura, no sentido literal da palavra, não foi de todo a sua imagem de marca. Mas o pensamento é reconfortante, quando muitos encerram e arquivam memórias como que com medo de as perder. Eu abro a janela da minha alma. Proporciona-me uma vista ampla e desafogada, totalmente privilegiada para um ser ímpar que desponta no mundo. Para um futuro que se veste colorido e radiante. Que se pinta de caminhos e estradas que se interceptam a determinada altura, em momento oportuno. Na realidade convergem para o mesmo afluente, que não se intimida com o fim que lhe proclamam e auguram. Isto porque o início ainda aí espreita!
No ar ainda ressalvam os últimos murmúrios de gargalhadas, trocadas à luz de mais uma noite quente nos píncaros de Agosto. Onde os ponteiros simplesmente deixaram de ostentar o menor sentido face à inconsequência dos próprios. Onde o tempo estanca, imortalizado como se na realidade fosse parte integrante, numa pintura de quadro a óleo, esboçada a preceito por um qualquer pintor famoso post mortem.
A cidade que por momentos folgava vagarosa e sonolenta, movendo-se a meio gás. É abananada no seu lento despertar. Enche-se novamente de ruído, movimento e poluição. Os semblantes que se cruzam no metro, retomam ao ritmo frenético rotineiro. Esbatem e encurtam o sorriso típico de quem momentaneamente não apresenta preocupação alguma, proporcional ao seu contentamento ilusório.
As histórias que se sucederam a um alucinante ritmo, como notícias sensacionalistas veiculadas por um jornal em trágica queda, arrumam-se agora na gaveta das recordações. Prontas a serem partilhadas, quiçá à lareira numa roda de amigos plena de amizades fortificadas.
Muitos foram realmente verdadeiramente afortunados. Outros ocuparam a outra metade inglória da balança. Os tais que sofreram rudes golpes que certamente mancharam o verão que agora definha a passos largos para a sua extinção.
Sentado no cimo do meu alter-ego, flutuo no meu terraço terreno, onde cedo concluo que o meu verão, não foi marcadamente estonteante. A aventura, no sentido literal da palavra, não foi de todo a sua imagem de marca. Mas o pensamento é reconfortante, quando muitos encerram e arquivam memórias como que com medo de as perder. Eu abro a janela da minha alma. Proporciona-me uma vista ampla e desafogada, totalmente privilegiada para um ser ímpar que desponta no mundo. Para um futuro que se veste colorido e radiante. Que se pinta de caminhos e estradas que se interceptam a determinada altura, em momento oportuno. Na realidade convergem para o mesmo afluente, que não se intimida com o fim que lhe proclamam e auguram. Isto porque o início ainda aí espreita!
20 comentários:
Senti cada palavra libertada por ti, que começou no coração e terminou aqui no "papel".
O verão tráz-nos tudo. E depois vai, ficam as recordações do bom e do mau. Dos dias sem relógio.
Agora o relógio regressa e sem pena alguma. Faz parte (:
A vida é feita disto: caminhas mais claras e mais escuras.
Mas temos que ter a certeza de que nenhuma é mais forte que nós..
Uma boa semana, CDUBR *
Não gosto do fim do verão, não gosto da rotina que traz com ele.
Mas é uma questão de semanas até já não fazer diferença
Adorei o blog (: óptimo texto!
Aaaaiii, o Verão... vou ter saudades xD Ontem já tive que ir à faculdade trabalhar numa bolsa de investigação, saí de lá mais morta que viva! Oo Mas pronto, não há-de ser nada, afinal... o melhor é mesmo quando há um equilibrio entre tudo, e o trabalho faz-nos sempre apreciar as férias com os sentimentos mais apurados :)
Beijinho!*
eu adoro o fim do verão. é para mim o iniciar do ciclo "que importa", é um retemperar de forças...
mas somos todos diferentes não é? :)
excelente :)
Só te consigo agradeçer pelas palavras. Palavras essas que transparecem o teu coração.
Um beijinho Reb*
O verão é bom, mas o Inverno Tamb´´em, tudo tem os seus encantos.
Tens um mimo no meu blog
que belos textos que tens aqui (:
adorei e vou seguir *
Estou a começar agora a ter aquela nostalgia de inicio de novo ano. E não é nada fácil..!
Adorava que as minhas malas ficassem a descansar até ao próximo ano...mas isto de ser estudante deslocada não dá jeito nenhum, e as malas não param NUNCA:X Sinto a nostalgia que referes, mas nunca consigo deixar de me sentir entusiasmada com um novo ano. Mais uma oportunidade de cumprir todos os planos, mais uma hipótese para ser aplicadinha e feliz:P [Nunca cumpro, mas a esperança renova-se de ano para ano:P]
Beijinho!
uma delícia ler-te, no verdadeiro sentido da palavra!
o Fim e' sempre nostalgia, seja do verao, de um passeio a dois, de um filme no cinema, o fim so por si e' um pressagio mau, de separação, de abandono, de tanta coisa, que nos fim, so nos leva a outra coisa boa(:
E nao ha nada como um dia de chuva +.+
abraço rebelde
Eu gosto do Verão, mas só de pensar nas noites de Inverno no meio dos cobertores quentinhos, hummm, tenho saudades! Mas nada como dias de sol e praia! Enfim, não sei qual gosto mais :)
Miminho no meu blogue*
já eu que não tive férias achei tudo óptimo, não há cá mudanças drásticas :p
A despedida das férias é verdadeiramente triste...
A grandeza do que por aqui é escrito, deixa-nos a todos deslumbrados. É realmente um dom, daqueles que devem ser aproveitados até ao fim. Acredita que sim.
Se por um lado, há um fechar de um ciclo, outro está mesmo à espera para ser aberto. E não é assim que deve ser!? As dissonâncias da vida : enquanto um chora-outro ri até não poder mais; enquanto um bebé nasce- alguém está a morrer. As mudanças não vêm com avisos, ou se calhar até vêm, mas nós insistimos em não reparar neles. E quando damos por ela estamos a ser engolidos por esta onda. E não há nenhum nadador-salvador. Só nós. É a única certeza que ainda temos enquanto estamos a ser levados por estas fortes correntes! E a algum lado, vamos buscar as forças para continuar a nadar. Alguns dizem que é ao coração, resta ver para crer!
"Proporciona-me uma vista ampla e desafogada, totalmente privilegiada para um ser ímpar que desponta no mundo. Para um futuro que se veste colorido e radiante. Que se pinta de caminhos e estradas que se interceptam a determinada altura, em momento oportuno. Na realidade convergem para o mesmo afluente, que não se intimida com o fim que lhe proclamam e auguram. Isto porque o início ainda aí espreita!"
Beijinho BR! :D
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Os Desabafos da Sofia mudaram-se para aqui:
http://alguma-incontinencia-verbal.blogspot.com/
beijinhos e abraçinhos
Olá!
Ainda me custa pensar que o Verão está a acabar e por isso, e porque tenho tido a sorte de o conseguir continuar a fazer, ainda não abandonei este Verão, e continua a acompanhar cada momento de final de tarde em que o sol toca o infinito do mar...
E que bem que tem sabido...
;)
Abraço
O verão acaba. Mas o que vem ai poderá ser bom e poderá ter mais aventura do que o verão...
bjo*
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